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Dia do Professor: Ato Professores com Haddad, dia 15/10, às 9h, e Aula Pública, às 12h, na Praça do Ferreira.

Data de publicação: 14 de outubro de 2018. Categoria: Geral, Notícias

Dia do Professor 
Ato Professores com Haddad, dia 15/10, às 9h, e Aula Pública, às 12h, na Praça do Ferreira.

                                                           A quem se deve a duração da tirania? A nós.
                                                               A quem sua derrubada? Também a nós.
                                                               Quem será esmagado, que se levante!
                                                               Quem está perdido, que lute!
                                                               Quem se apercebeu de sua situação,  como poderá ser detido?
                                                               Os vencidos de hoje serão os vencedores de amanhã.
                                                               De nunca sairá: ainda hoje.

                                                          Bertolt Brecht 
                                                           (Trad. Haroldo de Campos)

Caros/as colegas,

A hora é novamente de luta democrática. Estamos nas ruas e praças de novo para afirmar que queremos ser um país democrático, justo e livre, que saiba construir-se no respeito às diferenças e ao meio ambiente. As forças democráticas se mobilizam e se movimentam em todos os recantos do país.

A presença do candidato de extrema direita no segundo turno das eleições presidenciais, com uma trajetória política de ataque aos direitos humanos e aos direitos dos trabalhadores, é resultado de uma campanha de manipulação de massas sem precedentes no Brasil. Em meio à crise, em vez da compreensão complexa dos problemas e do esforço coletivo para superá-los, foram estimulados o ódio e a intolerância. Uma comunicação de massas perigosa foi praticada pela mídia televisiva inicialmente e agora por memes e vídeos anônimos, produzidos em agências de marketing especializadas em manipulação eleitoral.

Como professores e professoras, temos neste momento o dever ético de desmontar a propaganda massiva e mentirosa (as fake news), esclarecer os mecanismos de manipulação e repor a discussão nos termos da vida e dos interesses reais das pessoas: mostrar que não se trata de “comunismo”, mas de redução das desigualdades sociais e rejeição ao neoliberalismo; que não se trata de um partido corrupto, mas de um sistema político corrupto exigindo aprofundamento da democracia popular; que não se trata de “kit gay”, mas da necessidade concreta de respeitar os diferentes.

A proposta central da campanha de Bolsonaro é o poder como violência. O elogio da ditadura e da tortura constitui o núcleo dessa visão de mundo desumanizada e desumanizante, em que ter poder é violentar o outro. Por isso, mesmo o problema da violência é colocado em termos de mais violência. O programa de Bolsonaro propõe, na prática, eliminar a ideia de segurança pública, armar os indivíduos e garantir proteção legal para o policial ou “cidadão de bem” que matar. Ele tira do horizonte a sociedade justa, solidária e pacífica para instalar a guerra permanente, a lei do mais forte, o salve-se quem puder.

Uma descarga massiva de fake news às vésperas da eleição quase fez esse projeto brutal vencer no primeiro turno. Felizmente, o Nordeste deu uma segunda chance ao Brasil de pensar se quer mesmo esse passaporte para fora do mundo moderno.

A universidade pública, nesse modelo autoritário, é vista evidentemente como um obstáculo. O candidato já anunciou cortes de verbas, cobrança de mensalidade e disposição de controle de pensamento nas universidades, além de fragilização da carreira do magistério (fim da estabilidade) e redução das cotas, instrumento que têm promovido a democratização do ensino superior público nos últimos dez anos. O descaso com a ciência, já desde o programa de governo, reflete o obscurantismo e o descompromisso com a soberania nacional.

Não estamos tendo eleições normais. No dia 28/10, decidiremos também sobre as bases de nossa convivência em sociedade. Na urna, estarão em jogo civilização ou barbárie, democracia ou autoritarismo, respeito ou intolerância, liberdade didático-científica ou obscurantismo. A compreensão sobre isso aumenta entre os eleitores e a campanha de Fernando Haddad cresce vigorosamente. Dentro de um mês, ele passou de 4% para 42%! É com essa disposição de lutar e vencer que convidamos os/as colegas a participar do Ato Professores com Haddad, dia 15/10, às 9h, e da Aula Pública, às 12h, promovida pelo Centro Acadêmico Frei Tito de Alencar, do Curso de História da UFC, na Praça do Ferreira.

Por democracia e justiça social
Pela universidade pública, 
gratuita, de qualidade e laica

Haddad sim!

Fonte: Coletivo Graúna

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